quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A pipa e a queda

Começo esse texto caindo. O que em algum lugar longínquo dentro dos territórios confusos e peculiares do meu ponto de vista, nem parece tão ruim assim, mas por vezes necessário.

Inicio tudo por cair no óbvio. Na diferença notável, mas não imperceptível que há entre escrever e ler. Para escrever com certa habilidade é preciso, no mínimo, de imaginação, transpiração, vontade observadora e algo que inventei chamar de passive-aggressive boost, ou seja, transformar simples observações em ação. Ser, portanto, um intérprete de si mesmo e do mundo, para viver um grande amo... Opa! Texto errado!

Os que pensam que a leitura é mais fácil, na na ni na. Sinto, meus amigos, que a leitura nos exija a perícia de alguém que saiba empinar pipas muito bem. Muito embora eu não tenha a mínima noção de como é isso (coisa que não fiz em minha infância).

É preciso que o jogo entre prender a atenção e soltar a imaginação seja de uma sincronia fortíssima. E eis então que sinto falta da minha pipa colorida lá em cima, serpenteando ágil na amplidão. Escrevendo no céu coisas que só eu consigo enxergar, mas que quem quiser pode ver.

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