Começo esse texto caindo. O que em algum lugar longínquo dentro dos territórios confusos e peculiares do meu ponto de vista, nem parece tão
ruim assim, mas por vezes necessário.
Inicio tudo por cair no óbvio. Na diferença notável, mas não
imperceptível que há entre escrever e ler. Para escrever com certa habilidade é
preciso, no mínimo, de imaginação, transpiração, vontade observadora e algo que inventei chamar de passive-aggressive boost, ou seja, transformar simples
observações em ação. Ser, portanto, um intérprete de si mesmo e do mundo, para
viver um grande amo... Opa! Texto errado!
Os que pensam que a leitura é mais fácil, na na ni na.
Sinto, meus amigos, que a leitura nos exija a perícia de alguém que saiba
empinar pipas muito bem. Muito embora eu não tenha a mínima noção de como é
isso (coisa que não fiz em minha infância).
É preciso que o jogo entre prender a atenção e soltar a
imaginação seja de uma sincronia fortíssima. E eis então que sinto falta da
minha pipa colorida lá em cima, serpenteando ágil na amplidão. Escrevendo no
céu coisas que só eu consigo enxergar, mas que quem quiser pode ver.