segunda-feira, 7 de abril de 2014

Epifania

Me deparei com a minha consciência, hoje às seis e quinze. 

Ela assim como veio, foi: apressada como todos os outros que fluíam pelas ruas em direção (ou na direção contrária) de suas vidas. Apesar de não tê-la visto, ela me viu e atravessou a rua após me achar meio sem rumo, num passo automatizado.

Senti a estranheza do entardecer abafado e, ao mesmo tempo, aliviante e claustrofóbico. Imediatamente notei que faltava algo ao redor: O perfume que rodeia os dias. Por onde será que anda? Que ventos o levaram? Quantas balsas serão necessárias até que ele possa ser encontrado outra vez?


Pensei então que o aroma da vida pode ser somente uma questão de visão.