Qual a valia de cobrir o amor com o
véu da amizade se mesmo e na verdade se está é jogando água dentro do rio?
Ser direta, forte, imóvel como
pedra cravada no campo não é mais do que deixar de ver toda a paisagem que há
no distante.
Amiga, não há jogo jogado, dança já
dançada ou frase já dita. Qualquer destas artes é feita da ferida, do riso
e do silêncio. Tudo sem improviso.
Não decrete assim por decretar o
que é e o que não, pois o caminho nos torna cegos do brilho e da ilusão do que
um dia foi estrela e tal como o brilho delas, existe só num tempo que passou.
Amiga, me dê a tua mão.
Amiga, seja amiga, bendita,
maldita, espera aflita que acaba num sorriso claro como a folha que te clama.
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