quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Para a amiga

Qual a valia de cobrir o amor com o véu da amizade se mesmo e na verdade se está é jogando água dentro do rio?

Ser direta, forte, imóvel como pedra cravada no campo não é mais do que deixar de ver toda a paisagem que há no distante.

Amiga, não há jogo jogado, dança já dançada ou frase já dita. Qualquer destas artes é feita da ferida, do riso e do silêncio. Tudo sem improviso.

Não decrete assim por decretar o que é e o que não, pois o caminho nos torna cegos do brilho e da ilusão do que um dia foi estrela e tal como o brilho delas, existe só num tempo que passou.

Amiga, me dê a tua mão.

Amiga, seja amiga, bendita, maldita, espera aflita que acaba num sorriso claro como a folha que te clama.


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