terça-feira, 12 de março de 2013

Faz de conta



Espero aqui, parado e alerta. Entardece e eu também. Quem dera.

Estar em casa, sem porta aberta, mente desperta. Espaço meu.

Mas preferi ficar à espreita, fazendo a ronda, esperando acontecer.

Sem armadura brilhante. Sem lança ou espada em punho.

Somente a atenção afiada.

No chegar de uma carruagem que traz uma princesa atarefada. Talvez um pouco cansada, mas que me alegre ao fim de tudo.

E me leve pro reino do faz de conta de vez em quando.

Num mar de olhos mirando o nada, Eis que surge num par de lentes escuras, se achega em meus braços.

Embarcamos no primeiro vapor rumo a seja lá o que for.   

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