Espero aqui, parado e alerta. Entardece e eu também. Quem
dera.
Estar em casa, sem porta aberta, mente desperta. Espaço meu.
Mas preferi ficar à espreita, fazendo a ronda, esperando
acontecer.
Sem armadura brilhante. Sem lança ou espada em punho.
Somente a atenção afiada.
No chegar de uma carruagem que traz uma princesa atarefada.
Talvez um pouco cansada, mas que me alegre ao fim de tudo.
E me leve pro reino do faz de conta de vez em quando.
Num mar de olhos mirando o nada, Eis que surge num par de
lentes escuras, se achega em meus braços.
Embarcamos no primeiro vapor rumo a seja lá o que for.
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