O que te faz poeta?
O número de versos que consegues fazer?
A quantidade de musas que arrastas pelas multidões?
Ou a solidão das praças e calçadas da cidade, que dorme
enquanto ardes?
Teu Eu-lírico já virou Nós há tempos.
Teus métodos, nem tão metódicos assim.
O que te faz, poeta?
A tua estante cheia de livros?
Teus rabiscos cheios de rimas feitas?
Ou teus cadernos repletos de ti mesmo?
Que tua poesia conta? Que mensagem passa?
E quem por ela passa? E para?
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