quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

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O que te faz poeta?

O número de versos que consegues fazer?

A quantidade de musas que arrastas pelas multidões?

Ou a solidão das praças e calçadas da cidade, que dorme enquanto ardes?

Teu Eu-lírico já virou Nós há tempos.

Teus métodos, nem tão metódicos assim.

O que te faz, poeta?

A tua estante cheia de livros?

Teus rabiscos cheios de rimas feitas?

Ou teus cadernos repletos de ti mesmo?

Que tua poesia conta? Que mensagem passa?

E quem por ela passa? E para?

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