Não venho ao cinema pelos filmes, mas pelo cheiro de pipoca. O cheiro da infância que não passa, do descompromisso, da alegria comprada.
Venho pelas luzes. Pela falta e pela presença delas.
O barulho da expectativa, do farfalhar dos sacos de bala e
pipoca, o refrigerante que deve ser bebido com uma rapidez moderada para que não
vire apenas gelo e água no final.
O final do filme que nem sempre é o mais esperado. Às vezes
nem se presta muita atenção ao que está se passando, mas ao todo.
Cinema não foi um lugar feito para se estar concentrado,
introspecto, sisudo e só.
Qualquer um que vá ver um filme e queira um ambiente assim, deve
ir à igreja.
Nos falamos depois, vai começar o filme. Passa a pipoca?
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