quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Sala de cinema



Não venho ao cinema pelos filmes, mas pelo cheiro de pipoca. O cheiro da infância que não passa, do descompromisso, da alegria comprada.

Venho pelas luzes. Pela falta e pela presença delas.

O barulho da expectativa, do farfalhar dos sacos de bala e pipoca, o refrigerante que deve ser bebido com uma rapidez moderada para que não vire apenas gelo e água no final.

O final do filme que nem sempre é o mais esperado. Às vezes nem se presta muita atenção ao que está se passando, mas ao todo.

Cinema não foi um lugar feito para se estar concentrado, introspecto, sisudo e só.

Qualquer um que vá ver um filme e queira um ambiente assim, deve ir à igreja.

Nos falamos depois, vai começar o filme. Passa a pipoca?

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