segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Dança insone



Toda vez que a cabeça fica pequena demais ou a cama grande demais, sou expulso para fora do sono.

É um despejo da tranqüilidade. Um degredo para fora da paz.

Abro a porta da geladeira e é inútil. Pois nada lá dentro me ajudará a pegar no sono.

Olho pela janela e está escuro. A rua, apesar de me chamar para os seus braços, não me confortará mais que alguns minutos.

E a caminhada é longa, mesmo que seja em círculos. O ponteiro do relógio corre lento. Tudo parece ser demais para esperar. Até mesmo o dia que vem.

Tudo enegrece. Até minha boca que sorve um café, mais por costume automático que por vontade.

E o resto é música e silêncio. É lençol desarrumado. É vento quente e, de repente, a chuva cai lá fora, da nuvem que não chove em mim.

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