segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Folha em branco


Há semanas olho para o meu bloco de notas, computador, canetas, papel, televisão, copos cheios, vazios, saco cheio...

Não escrevo quando quero, sou escrito. Tenho prazos, planilhas, documentos pra preencher e, nada. não há o que escrever.

O que as pessoas não entendem, e muito menos a editora que publica meus textos também não, é que nem sempre há o que contar.

Aí acabo juntando o que dá aqui e, pronto! Mando o que eles querem.

Olho pela janela do meu prédio e vejo as luzes. Tão artificiais, tão necessárias.

Mesmo assim, a criatividade resolve não aparecer. Ela me diz: "Hoje não, amigo. Se vira aí sem mim".

Vejo o menino que brinca na praça logo abaixo da minha sacada. Garanto que até mesmo ele deve ter algo pra contar.

Um cigarro, dois.

Uma hora, duas, mais de três.

Resolvo deixar tudo isso pra depois. Enquanto isso, talvez a criança tenha mais sorte do que eu ao contar para a mãe por que chegou encharcado em casa.

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